domingo, 24 de junho de 2012


Espaço

Na incerteza do sim, decidi esperar.
Me sentei, aceitei o café,
Uma ou outra revista velha pra folear.

Esperei pelo espaço pacientemente.
Desenhei em mim um sorriso, amável, infantil.
Achando que fosse suficiente.

Levava uma bagagem, coisa pouca, boba, eu.

Nos bolsos, 
trapos de sonhos e migalhas de amor.
Foi só isso que sobrou?

Pensei. Mudei. Mudei o sorriso também.

Espaço? Talvez. Perdido em seu vazio.
Mas não fez diferença.
Porque não é de espaço que preciso.

Na certeza do não, fui embora.
Numa mão o sorriso, na outra, a bagagem.
Pelo que esperei? Coisa pouca, boba, amor.