quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Foto vaga
Tenho uma nova foto vaga no lugar de velhas boas lembranças,
e vinho tinho barato no lugar de novos sabores.
Escuto uma harpa me chamando para ir para bem longe,
Pra perto daquelas nuvens leves de novos amores.
Agora vivo me iludindo com filmes tristes.
Agora morro me perdendo em finais felizes.
Não há nada além de poeira nesta nova foto,
Vejo tão pouco que mal posso definir a triste imagem definida.
Posso tocá-la mas não posso sentí-la.
Posso ouví-la mas não posso salvá-la.
Alguém também consegue ouvir a bela harpa?
Alguém também segura uma nova foto vaga?
Há algo que talvez possa a trazer de volta.
De volta para algum lugar a qual seu auto-retrato pertença.
Mas ela tem que pagar por suas escolhas mal feitas,
Porque a foto agora a culpa e quer que ela cumpra sua vaga sentença.
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