segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relógio Quebrado


Eu tive que nadar muito pra chegar até aqui.
Tanto que agora sinto-me ofegante e sem forças.
Mas ainda sinto um coração bater em algum lugar...
Você pode me ouvir? Pode sentir o que eu sinto agora?
Eu gostaria de escapar do meu delírio diário,
Eu gostaria de colocar a hora certa no meu relógio quebrado.
Me disseram para dizer algo encorajador ao novo que se apresenta,
Mas nem eu mesma sei ao certo pelo que estive lutando todo esse tempo.
Meu amor, sinto que de repente as estrelas começaram a cair,
Então me abrace e deixe que eu sinta sua pele mais de perto.
Eu queria que tudo fosse surreal como antes,
Onde todos podiam rir e se perder em seus próprios desejos.
Dizer palavras aleatórias em ouvidos alheios e encontrar alguma realidade no irrel.
Pois digo agora que não ligo para que as estrelas caiam,
Pois de alguma forma, eu sempre soube pelo que estive lutando afinal.
Meu amor, quando eu puder te ter comigo pra sempre.
Aí eu vou ter certeza de que toda hora é hora certa no relógio.

sábado, 28 de agosto de 2010

Moinhos de Vento



Um meio tanto de melancolia agora me invade
,
Como sangue correndo e rasgando veias
.
Ainda quente, posso senti-lo subir à cabeça
,
tomar conta de mim, a ponto de eu já não saber se ainda sou eu mesma.

Alguém sugere que eu corra, que eu grite,
Mas eu sou brisa livre e prefiro caminhar.
Tenho aqui comigo alguns sonhos nos bolsos,
Um sorriso tímido e uma esperança, que guardei em algum lugar.

O sol me dá boas vindas e sua luz me abraça forte.
Já quase consigo sentir outra vez, meus pés no chão de cimento.
Sinto os moinhos de vento, a aurora dos tempos,
E agora sei que sou eu mesma, amanheceu o pensamento.